No recente evento de lançamento da plataforma SIBS ESG, Clara Raposo, Vice-Governadora do Banco de Portugal, destacou a importância da adaptação ao risco climático no sector empresarial, nomeadamente no financeiro. Sublinhou que este risco é frequentemente recebido com perplexidade, por não ser nem “tão financeiro”, nem “imediato”. Todavia, não pode ser ignorado nas suas consequências para as empresas e para as pessoas, e, consequentemente, para o sistema bancário.
A vice-governadora enfatizou que “é na economia real que está a transformação necessária”, apontando para a necessidade do sector financeiro acompanhar e apoiar essa transformação. Depois de indicar que “os bancos centrais não estão ao leme no combate às alterações climáticas”, clarificou que “o Banco de Portugal tem contribuído para a identificação, a medição e a mitigação de riscos climáticos, no âmbito das suas funções de estabilidade financeira e supervisão bancária”
Clara Raposo também referiu a necessidade de uma análise financeira consistente dos riscos climáticos. “Os bancos devem conhecer profundamente as empresas que financiam e as análises devem ser coerentes. Não podemos permitir discrepâncias significativas nas avaliações de risco entre diferentes instituições”, advertiu.
Durante o evento, a CEO do Grupo SIBS, Madalena Cascais Tomé, reiterou a importância da transição ESG (Environmental, Social and Governance) para minimizar riscos, atender às exigências regulamentares e potencializar os negócios. “Ainda há um caminho a percorrer para uma integração ESG completa e esse desafio é reconhecido por todos os presentes”, afirmou.
Este evento sublinhou a relevância de uma abordagem uniforme e rigorosa no tratamento dos riscos climáticos, destacando o papel crucial do sistema financeiro na transição para práticas empresariais sustentáveis. O SIBS ESG posiciona-se como uma ferramenta essencial neste processo, sendo uma solução que ajuda as empresas a navegarem neste novo paradigma.
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